Se tem algo que me deixa feliz é música. Nao sou daquelas que busca constantemente coisas novas ou as versoes mais raras, isso eu deixo para o Alexandre. Aliás, deixo para ele também a tarefa de seleçao: primeiro porque nao tenho paciência de escolher (sofro com o doença da indecisao) e segundo porque confio plenamente no gosto musical do meu amado.
Mas, ao escrever o post abaixo, fiquei com imensa vontade de compartilhar uma verdadeira obra-prima da língua portuguesa com quem estiver disposto a ler essas linhas. Trata-se da mais bela poesia onde a descriçao do amor em seu significado próprio se disfarça de música para se realizar plenamente. É certo que Vinícius de Moraes tinha um talento incontestável para dar ritmo às palavras e, por isso, eu considero que ele era um poeta com alma de músico. Entretanto, foi um músico-poeta ou um poeta-músico (porque definitivamente os papéis nao estao claros para mim e também pouco importam), quem escreveu e cantou o sublime: Djavan. E tal criaçao na voz de Cássia Eller entao... incrível porque ganha uma intensidade indescritível.
Nao pensem que estou numa fase romântica. Nao é bem isso. Apenas tenho valorizado o lado mais poético das coisas. Estaria eu retomando a minha direçao? Ahahaha, vamos ao poema!
O seu amor
Reluz que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo bem devagar
Ó, meu amor,
Viver é todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo um beijo seu
Muito mais eu vejo gosto em viver, viver...
Por ser exato o amor não cabe em si
Por ser encantado o amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim