Nao estou entendendo bem o que se passa comigo nos últimos tempos. Tenho tido uma vontade intensa de me expor, de me contar, de me abrir. Deixar que as palavras me invadam sem pudor, sem prever o resultado. É o que faço nesse exato momento.
Metaforicamente me metaforizar.
Eu já percebi algo importante: quando eu tento dizer, é quando eu menos digo. Entao, resolvi que eu seria simplesmente EU. Inconstante, indefinível e todos os "in" que eu tiver de ser e alguns adjetivos mais. Nada de fingimentos!
Mas o que eu queria mesmo era poder explicar o que sinto quanto penso nessa vontade incontrolável (e lá vai mais um "in" para a minha coleçao) de me perder em sentimento dando-lhes forma, limites e contornos. As palavras sao apenas os meios de expressao de algo muito mais íntimo, mais meu e que reclama a minha atençao.
Onde isso vai dar eu ainda nao sei, mas repassando algumas músicas no meu computador eu reparei que uma das que eu tenho escutado com mais frequência é também a que tem menos versos. Nem por isso ela diz menos que qualquer outra e nao acho que é mera coincidência que ela paire em meu repertório esses meses. Uma grande e singela composiçao de Marisa Monte e Moraes Moreira que ignora a existência de parodoxos.
Bom... música para mim é sazonal, mas definitivamente essa diz tudo o que eu sinto hoje.
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento...
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